Setembro 2012, Vieira de Leiria
Gaivota, que enfrentas o mar
Procurando o teu sustento
Como o velho pescador
Que para ganhar a vida
Enfrenta a chuva e o vento
Destemido lança as suas redes
Em mar encrespado e revoltado
Desafiando a morte corajosamente
Com o corpo encharcado e frio
Só vê o mar, as redes e o pescado.
E tu gaivota, esperas o retorno
Em águas mais calmas tu pescas
O peixe que rodeia a traineira
Voltas para o alto do teu rochedo
Admiras o pescador sem medo
Que levantou as redes com canseira
E na areia da praia a esposa
Ajoelhada rezando, pedindo protecção
Para o seu homem corajoso e bondoso
Que lhes dá o pão ganho com a alma
Com a força dos braços e do coração.
Alberto da Fonseca